Como não errar ao contratar um seguro de viagem
Destino escolhido, passagens e diárias compradas e mala pronta. Parece tudo que você precisa para fazer uma viagem tranquila neste final de ano. Mas, se a sua “checklist” não inclui um seguro de viagem, ou se inclui, mas você não sabe exatamente o que ele cobre, suas férias podem se revelar um verdadeiro fiasco.
Se o pior acontecer e você não tiver um seguro, ou se você não tiver uma cobertura razoável, os gastos com problemas ocorridos no exterior podem extrapolar, e muito, o gasto total com a viagem.
A partir de 77 reais já é possível contratar uma cobertura de 50 mil reais para morte acidental e de 10 mil dólares para despesas médicas para sete dias de viagens pelos Estados Unidos.
Uma vez que o custo médio diário de uma internação hospitalar no país é de 1.960 dólares (dados mais recentes da Kaiser Family Foundation, grupo especializado em pesquisas sobre saúde), é dispensável dizer que o seguro vale a pena.
A seguir estão listados 10 tópicos com ponderações e orientações para a contratação dos seguros de viagens. Confira e saiba como proteger a sua viagem da melhor forma.
1. Avalie qual tipo de cobertura você precisa
O tipo de cobertura incluído é o ponto mais importante a ser avaliado no seguro de viagem.
Pesquisar os custos de alguns procedimentos médicos no país de destino, como o custo de uma diária no hospital, ou de uma intervenção cirúrgica é um bom começo. Uma boa cobertura para contratação seria de 50 mil dolares.
Em uma viagem para os Estados Unidos, por exemplo, que é conhecido por ser um dos países líderes mundiais em custos de serviços médicos e tem um sistema público de saúde restrito mesmo para cidadãos locais, é importante considerar uma cobertura maior.
O site MyTravelCost.com também pode facilitar a pesquisa. Ele mostra os gastos médios com saúde em diferentes países, fazendo comparações entre os custos de dois lugares. Ele mostra, por exemplo, que gastos com saúde nos EUA são 71% superiores aos do Brasil.
2. Observe não só as coberturas principais
As principais coberturas que os seguros costumam oferecer são para morte acidental e assistência médica, mas os seguros mais completos podem oferecer também outras coberturas muito vantajosas, como para cancelamento de viagem, assistência jurídica, extravio e atraso de bagagem, medicamentos, assistência odontológica, repatriação, extensão de internação hospitalar e de diárias em hotéis, passagem de ida e volta para um familiar, etc.
Uma assistência de viagem básica de sete dias no Canadá para um viajante de 25 anos, com cobertura médica de 10 mil dólares, sai por 77 reais na Vital Card. E um plano de assistência da Travel Ace, com todas as coberturas citadas acima, além de outras, e com cobertura médica de 1 milhão de dólares custa 413 reais. Ainda que sejam gastos 300 reais a mais, em um eventual sinistro, apenas os gastos com medicamentos, cobertos pelo segundo seguro, mas não pelo primeiro, já compensariam o gasto adicional.
3. Cheque se o plano cobre doenças preexistentes
A maior parte dos seguros de viagem não cobre doenças que o segurado possua antes de contratar o serviço.
4. Compare seguros oferecidos pela agência de viagem e pelas empresas de cartões de crédito aos seguros comprados separadamente
Os seguros de viagem podem ser oferecidos pelas próprias agências de viagem, junto aos pacotes; podem vir como um bônus se você pagar sua passagem internacional integralmente com o cartão de crédito; ou podem ser vendidos individualmente.
5. Observe com cuidado as coberturas do seguro atrelado ao cartão de crédito
Ainda que o seguro oferecido pelas empresas de cartões de crédito tenha a vantagem de ser embutido na compra das passagens, sem cobrança adicional, dependendo do cartão a cobertura pode ter valor baixo ou ser insuficiente.
Os cartões de segmentos de renda inferiores, por exemplo, até oferecem seguro para morte em caso de acidente de viagem, mas não cobrem despesas médicas.
No caso da Visa, por exemplo, os clientes do cartão Visa Platinum, voltado à alta renda, têm direito à cobertura médica de 25 mil dólares (ou de 30 mil euros em alguns países europeus) e de 500 mil dólares para acidentes.
Já os clientes dos cartões de segmentos inferiores, como Classic e Gold, têm cobertura de 75 mil reais em caso de acidente, mas não têm cobertura para gastos médicos.
O mesmo ocorre com a MasterCard. Seus clientes Platinum, do segmento de alta renda, têm a mesma cobertura do Visa Platinum. Porém, os cartões standard, assim como ocorre com o Visa Classic, preveem apenas cobertura para acidentes no valor de até 75 mil dólares, mas não para despesas médicas. A única diferença do MasterCard standard para o Gold é a cobertura de 250 mil dólares para acidentes.
6. Compare preços
Os preços dos seguros podem partir de menos de 10 reais por dia e podem chegar a custar mais de 50 reais a diária. Verifique os preços oferecidos diretamente com a Fatus Corretora, para encontrar de maneira rápida e fácil os preços de diferentes produtos.
7. Entenda o que é assistência e o que é seguro de viagem
Os seguros podem ser vendidos de forma avulsa ou podem ser incluídos em um pacote que mistura seguros e assistências de viagem.
Mesmo sendo mais comumente chamados de seguros de viagem, a maioria dos planos vendidos no mercado incluem os dois tipos de produtos.
As maiores diferenças costumam se dar em relação à cobertura para procedimentos médicos. Os planos com assistências médicas oferecem tratamentos médicos dentro de uma rede credenciada e o segurado não precisa fazer nenhum desembolso ao realizar os procedimentos.
Já no seguro, o cliente tem a opção de escolher a clínica que ele deseja, pagando o valor do tratamento, e solicitando posteriormente o reembolso das despesas. Mas, muitos planos são vendidos com essas duas opções.
8. Fique atento à obrigatoriedade do seguro para entrar em alguns países
Alguns países exigem que os turistas contratem um seguro para a viagem. A maior parte deles fica na Europa e é signatária do Tratado de Schengen, que exige que o turista tenha um seguro viagem com cobertura mínima de 30 mil euros.
São eles: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Irlanda, Islândia, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia, Suécia e Suíça.
Em Cuba também é exigido o seguro viagem, que pode ser comprado no próprio aeroporto. E na Austrália a exigência é feita aos estudantes de intercâmbio, que devem ter o seguro saúde Overseas Students Health Cover (OSHC).
9. Informe ao corretor os detalhes da viagem
Informe à Fatus Corretora tudo o que você pretende fazer na viagem. Ao saber que você praticará algum esporte radical, por exemplo, eles podem indicar um seguro que prevê cobertura para acidentes relacionados a essa atividade ou podem sugerir a contratação de uma cobertura adicional.
Também é importante que você explique exatamente os lugares pelos quais você vai passar.
Post editado | Fonte: Exame.com
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