10 dicas para baixar o preço do seguro do carro

Seguro de automóvel é um gasto permanente, alto e necessário. Dependendo do perfil do motorista, do modelo do carro e dos locais por onde o veículo circula, os preços podem ser bem salgados. Tudo se relaciona ao risco que o segurado corre. Pesquisar é importante, mas não se deve economizar demais, pois o barato pode sair caro na hora do sinistro.

O valor do seguro é resultado de um cálculo que leva em conta os serviços de cobertura contratados (colisão, incêndio, roubo, responsabilidade civil e serviços adicionais), o perfil de risco do segurado (baseado em informações pessoais e dados do veículo) e as estatísticas de sinistro da seguradora.

As características de perfil que mais podem encarecer o seguro são a idade do condutor, os lugares por onde o veículo circula, o preço das peças de reposição do carro e se o modelo costuma ou não ser alvo de roubos. É claro que é impossível modificar a própria idade. Nem é tão fácil mudar de bairro ou cidade. E muitas vezes aquele modelo popular muito visado por ladrões é o que atende melhor aos objetivos do motorista. Mesmo assim, é possível usar algumas dessas variáveis a favor do segurado para reduzir pelo menos um pouco o preço do seguro.

1 – Carro na garagem paga menos. Quanto menos o carro for exposto a riscos, menor o valor do seguro. Deixá-lo na garagem ou em estacionamentos fechados diminui as chances de roubo, furto e de alguns acidentes. O simples fato de ter garagem em casa pode reduzir o preço em até 25%.

2 – Faça com que motoristas jovens sejam condutores eventuais. A inexperiência no trânsito e a maior disposição para correr riscos acabam pesando no preço dos seguros feitos em nome de pessoas com idades de 18 a 25 anos. Por isso, se o jovem usar pouco o carro, é melhor que ele seja um condutor eventual do veículo dos pais, utilizando-o no máximo 15% do tempo, do que fazer um seguro em seu nome. Mas é fundamental que o tempo de uso do veículo não ultrapasse esse limite. Em caso de sinistro, se a seguradora verificar que o condutor principal era o jovem e não um dos pais, a família pode perder o direito à indenização.

3 – Equipamentos de segurança reduzem o preço. Ter equipamentos contra roubo instalados, como rastreadores, facilita a localização do veículo e diminui o risco da seguradora, reduzindo também o valor do seguro. No entanto, alertamos que só vale a pena fazer essa instalação caso ela seja oferecida pela própria companhia. Do contrário, os custos com a compra e manutenção do equipamento não compensam. Em geral, as seguradoras instalam esses equipamentos de graça nos carros com índices de roubo e furto mais altos. O desconto no valor do seguro pode chegar a 20%.

4- Escolha a cobertura ideal para seu bolso. A abrangência da cobertura do seguro também influencia no preço final, mas é preciso avaliar que itens são realmente necessários. Existem as coberturas completas (colisão, incêndio, roubo e furto), as parciais (só contra incêndio e roubo, por exemplo), a cobertura de responsabilidade civil facultativa (RCF) e a de acidentes pessoais de passageiros (APP), destinada às despesas médicas dos ocupantes do veículo segurado.

5 – Baixe o seguro do segundo veículo da família. Se o segundo carro da família só for utilizado eventualmente, sem objetivos comerciais ou de ida e volta diária ao trabalho, o valor do prêmio será naturalmente mais baixo. Na hipótese de sair caro demais fazer mais um seguro completo, pode-se contratar apenas a cobertura de responsabilidade civil facultativa (RCF), que é aquela que cobre os danos causados a terceiros.

6 – Seja um motorista exemplar. Segurados que não têm registro de sinistro no último ano recebem bônus, isto é, um desconto na hora da renovação. Quando ocorre um sinistro, o segurado pode perder uma classe de bônus, o que pode reduzir o desconto. Os bônus pertencem ao segurado, ou seja, ele carrega o desconto consigo se mudar de seguradora. Evitar multas também é uma boa maneira de tentar reduzir o valor do prêmio, pois algumas seguradoras concedem desconto para quem não tem pontos na carteira.

7 – Se o valor do dano for próximo da franquia, não acione o seguro. Os consertos só são cobertos pelo seguro caso seus custos ultrapassem o valor da franquia. Se o segurado tiver bônus e os custos de reparo estiverem só um pouco acima do valor da franquia, o melhor é não acionar o seguro, para não correr o risco de perder uma classe de bônus. O segurado arca com as despesas de reparo e deixa para acionar o seguro quando os danos forem realmente grandes.

8- Modifique o valor da franquia de acordo com seus riscos. As companhias de seguros oferecem três modalidades de franquia. A obrigatória, que é a quantia normal, proporcional ao valor do seguro; a facultativa, somada à obrigatória para subir o valor da franquia e, com isso, reduzir o prêmio; e a reduzida, menor que a obrigatória, mediante um aumento do valor do prêmio.

9 – Pesquise com a FATUS, a sua melhor seguradora. Peça a FATUS para cotar o seu seguro em várias seguradoras, pois como o cálculo do preço é baseado nas estatísticas de sinistros de cada companhia, o valor da apólice, para um mesmo perfil, pode variar de uma seguradora para a outra.

10 – Nunca minta para a seguradora para baixar o preço da apólice. Na hora de informar o perfil do motorista para o corretor, é fundamental que todas as informações sejam verdadeiras. Qualquer incorreção pode fazer o segurado perder o direito à indenização em caso de sinistro. As companhias de seguros têm maneiras de averiguar a veracidade dos fatos e podem se recusar a pagar pelos danos caso constatem alguma irregularidade.

Post editado | Fonte: Exame.com

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